Maria é uma mulher comum, mulher de todos os dias. Mulher que se torna mãe - Mãe que vê seu Filho morrer injustamente, que o vê ressuscitar e que, em oração com os discípulos, espera por Seu Espírito.

Maria potencializa o cotidiano com sua presença densa de amor e de sentido: tudo parece continuar o mesmo, mas tudo com suavidade se renova.

Comentário do Reitor Mor

“Maria, mulher ferial: do dia a dia de uma criatura divina”. É incrível como a experiência de vida / de Maria, mãe de Jesus, / se assemelhe à de qualquer outra pessoa comum. No parágrafo 4º do Decreto do Concílio Vaticano II, sobre o Apostolado dos Leigos, lê-se que “Maria vivia na terra uma vida comum, toda cheia de cuidados familiares e laborais”.

A vida de Maria não se caracterizava só por momentos de êxtase e comunhão divina, mas também por trabalhos diários e problemas comuns a todas as pessoas.

Maria viveu uma vida normal, com todas as dificuldades que isso acarreta: adoecia, tinha problemas econômicos e relacionais, devia adaptar-se à vida de todos os dias. Mas, apesar de tudo, não se deixava vencer pelo cotidiano.

Estava presente e atenta às necessidades dos outros, dedicada aos seus cuidados familiares e à oração. Mesmo quando as coisas não iam bem, não desistia; achava forças para continuar.

A vida de Maria nos ensina que, mesmo por entre as agruras da rotina diária, podemos contar com a presença de Deus e a força de continuar. Não há que subestimar a nossa ferialidade, mas aprender a apreciar a beleza de uma vida comum e simples, exatamente como ade Maria – mulher comum.

História

O extra-ordinário. Depois de uma vida simples e serena, uma mulher morreu e se viu, imediatamente, a fazer parte de uma longa e mui ordeira procissão, seguindo, lenta, pelo rumo do Supremo Juiz. À medida que se aproximava da meta, ia ouvindo cada vez mais claramente as palavras do Senhor.

A um tal, lhe dizia: “Você me socorreu quando estava ferido na rodovia, e me levou ao hospital. Entre para o meu Céu”!

Depois, a outro:

“Você emprestou dinheiro sem juros a uma viúva: venha e receba o prêmio eterno”!

E ainda:

“Você fez gratuitamente cirurgias mui difíceis, ajudando a devolver a esperança a muitos. Entre para o meu Reino”!

E assim por diante.

A pobre mulher se viu presa de muita aflição porque, por mais que tentasse, não conseguia lembrar o que havia feito, em vida, de especial.

Tentou deixar a fila para poder pensar melhor, mas não lhe foi absolutamente possível: um anjo - sorridente, mas determinado - não lhe permitiu deixar a longa fila. Com o coração a bater e muito medo, chegou até diante do Senhor. Imediatamente sentiu-se envolvida por Seu sorriso. “Você passou a ferro todas as minhas camisas... Entre para a minha felicidade! ”É por vezes mui difícil entender quão «extra-ordinário» seja o... ordinário.

Entrega a Maria

Santa Maria, mulher ‘ferial’, se, por um momento, nos atrevemos a retirar

Tua auréola, é porque queremos ver quanto és bela de cabeça descoberta.

Santa Maria, mulher ferial, Tu já experimentaste, em toda a profundidade da tua feminilidade,

alegrias sem maldade, amarguras sem desesperos, partidas sem retornos.

Santa Maria, mulher ferial,

ensina-nos a considerar a vida cotidiana como o canteiro em que se constrói a história da salvação.

E volta a caminhar, discretamente, conosco,

ó extraordinária criatura apaixonada de normalidade, que, antes de ser coroada Rainha do Céus,

aspiraste o pó da nossa pobre terra.

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