Por ocasião da "JMJ 2023" que se fará em Lisboa, Portugal, de 1º a 6 de agosto próximo, são numerosas as iniciativas propostas pelas Comunidades Salesianas para aqueles que irão tomar parte. O P. Marco Cimini, salesiano, educador do “'Borgo Ragazzi Don Bosco", de Roma, testemunha: “Eu estou convencido de que os meninos/adolescentes/rapazes são como esponjas: devem ser educados”.
Faltam menos de dois meses para a ‘JMJ Lisboa 2023’. «Na Comunidade “do Borgo”, ativa desde 1945, para a tutela e o acolhimento de jovens provenientes de situações de desconforto, a gente se prepara estando ao lado dos rapazes. Educação e sensibilização são as linhas-guia. Vem-me à mente um dos rapazes que acabou envolvendo – com convicção e também sem meias palavras – os seus colegas de aula com suas famílias para fazer entender e compreender o alcance desse evento» - raconta o P. Cimini.
Os jovens do Borgo que aderiram à proposta da JMJ são 50. A Comunidade, desde setembro passado até o mês de maio, organizou numerosas atividades para aqueles que estão para partir, e, dentre outras, a do autofinanciamento. Com grande surpresa dos educadores, a iniciativa causou um impacto inesperado, mesmo entre aqueles que não irão participar do evento. “Os adolescentes se sentiram envolvidos pessoalmente, e arregaçaram as mangas sabendo que tudo se dirige a um objetivo que não só lhes diz respeito mas que representa igualmente uma autêntica experiência, tanto de natureza comunitária quanto religiosa”, sublinha o P. Cimini.
Ao lado do autofinanciamento, tendo em vista a JMJ, a Comunidade salesiana se empenhou por um acompanhamento educativo dos jovens. O P. Cimini - ele também de partida com os rapazes - raconta acerca de um episódio acontecido na Basílica do ’Sacro Cuore' (perto da Estação Termini, de Roma), ela também cuidada pelos Salesianos. “Compartilhamos um tocante momento de oração com os rapazes de Roma e do Lácio ligados ao mundo salesiano, que participarão da JMJ. A celebração se fez no altar de Maria Auxiliadora, elemento arquitetônico que o mesmo Dom Bosco desejou aqui em Roma. Para mim, também isto foi indicativo, visto e considerado que a temática da iniciativa de Lisboa gira em torno da figura de Maria SS.”.
Em videomensagem dirigida a quantos tomarão parte do evento programado para Lisboa, o Papa Francisco encorajou a olhar com esperança para essa Jornada, “porque se cresce muito numa JMJ”. “A Igreja - diz o Papa – conta com a força dos jovens. Por isso, ide para a frente!”. E nesse contexto o P. Cimini acrescenta: “Se eu devesse pensar na esperança, eu penso - além de em Jesus Cristo – eu penso nos jovens. Assim como se quisesse achar-lhe um sinônimo, me vem à mente somente uma palavra: ‘rapazes’ ”. Perante as tantas “culpas” que se possam atribuir às novas gerações, “eu estou convencido de que os jovens são como esponjas que absorvem tudo quanto lhes acontece em derredor; e como tais, creio que devam ser educadas, com o tempo, a se transformarem em filtros, capazes de fazer emergir tudo o que de bom existe no mundo”.
A vivacidade e a energia dos jovens representam o fulcro da JMJ. O P. Cimini, de fato, está convencido de que eles possuem uma ‘marcha’ a mais: “Apesar de alguns dos menores que acolhemos nos venham da rua, ou tenham siituações familiares difíceis, eles dispõem de uma grande capacidade de saber ler as situações de modo muito mais vivaz! Parece por vezes que não lhe liguem - conclui o sacerdote - , mas, na realidade, quando se dialoga seriamente, V. se dá conta de quanta coisa tenha ficado daquilo que V. disse antes: V. se dá conta de que não foram absolutamente sementes jogadas no asfalto”.
Fonte: Vatican News