
A Comissão da Animação Missionária (CAM) nos convida, no dia 11 DE FEVEREIRO, a rezarmos por uma renovada coragem missionária para que todos os salesianos possam estar próximos dos jovens em discernimento vocacional.
Saudações,
Este ano de esperança me deu tempo para refletir sobre a bênção que tem sido a animação do ministério vocacional nos Estados Unidos e no Canadá. Em toda a nossa inspetoria, sou testemunha de jovens apaixonados por sua fé e dispostos a doar suas vidas em um serviço generoso. Eles têm um forte desejo de viver em comunidades intencionais, aprofundar sua vida de oração e se tornarem autênticos discípulos cristãos missionários. Isso me enche de esperança e me encoraja a continuar me aproximando dos jovens e a caminhar ao lado deles no discernimento de sua vocação. Esta é a aventura da vida que acredito que Dom Bosco viveu e que deseja que todos nós vivamos como Família Salesiana. É maravilhoso ser peregrinos e caminhar junto com os jovens!
▀ Pe. Steve DeMaio SDB
Delegado para o ministério vocacional, Inspetoria SUE
REPENSAR
Humilde trabalhador na vinha do Senhor, não o Senhor da Messe
Chegamos ao final do meu mandato como Conselheiro Geral para as Missões. É uma oportunidade oportuna para dar um passo atrás e olhar para longe. O trabalho missionário da Congregação está não apenas além de nossos esforços, mas também além de nossa visão. Durante o nosso período de serviço, realizamos apenas uma fração da missão de Dom Bosco. Nenhuma iniciativa é completa. Nenhuma visita de animação revitaliza completamente. Nenhum envio missionário satisfaz todas as necessidades das missões. Nenhuma orientação missionária prepara plenamente para enfrentar os desafios. Nenhum POI ou PEPS realiza completamente a missão da Congregação.
Plantamos sementes que um dia crescerão. Regamos sementes já plantadas, sabendo que darão frutos abundantes no futuro. Cultivamos plantas que produzirão frutos muito além de nossas expectativas. Lançamos as bases de iniciativas que precisarão de desenvolvimentos futuros. Nosso trabalho pode ser incompleto, mas é um começo, um passo ao longo do caminho. Isso nos dá um senso de libertação ao perceber que não podemos fazer tudo. É uma oportunidade para deixar que Deus faça o restante. De fato, as conclusões são ocasiões propícias para aceitar com humildade que nunca veremos os resultados finais de todos os nossos esforços. Isso significa ser humildes trabalhadores na vinha do Senhor, não os senhores da messe; servos-líderes, não messias.
Desejo expressar minha mais profunda gratidão aos membros da equipe do Setor Missões: Pe. Pavel Ženíšek, Pe. Eric Mairura, Pe. Reginaldo Cordeiro, Marco Fulgaro, aos Coordenadores Regionais de Animação Missionária, aos Delegados Inspetoriais para a Provinciais de Animação Missionária e aos membros das equipes consultivas do VMS, das Procuras Missionárias e dos Museus Missionários pelo nosso maravilhoso ministério colaborativo na promoção do espírito e do compromisso missionário em toda a Sociedade (C 138). O desejo mais profundo do meu coração diante do Senhor é concluir meu serviço e retornar à minha Inspetoria como um irmão ordinário após o CG29. Rezo para que os capitulares me permitam realizar este desejo. Sobretudo, rezo para que eu tenha a força de aceitar a vontade de Deus sobre mim e abraçá-la de todo o coração. O meu "muito obrigado" de coração a todos!
Pe. Alfred Maravilla SDB
Conselheiro Geral para as Missões
COMO JESUS - ACOMPANHAR OS JOVENS EM SEU CAMINHO DIÁRIO
Caro padre Martin, como mestre dos noviços em Poprad, na Eslováquia, você vê claramente o declínio das vocações à vida consagrada na Europa, inclusive em regiões que antes eram prósperas. Você considera a "crise" das vocações dos SDB e FMA na Europa principalmente como um problema ou também como uma oportunidade? Qual papel pode desempenhar a "coragem missionária"?
Depende do que entendemos por declínio. Se nos referirmos puramente aos números, então sim, podemos falar de declínio. No entanto, não creio que este seja o modo como o Deus da Bíblia prefere raciocinar. Lembremos que Deus não gostou quando o rei Davi contou suas forças militares. O chamado de Deus à vida consagrada continua a existir, independentemente dos números. O elemento crucial é, antes, a autenticidade com que as pessoas chamadas vivem sua vocação. Sem essa autenticidade, corre-se o risco de oferecer testemunhos pouco credíveis, que se tornam "pedra de tropeço" para os outros.
O desafio atual também está relacionado às palavras de Jesus sobre o "caminho estreito": a vocação religiosa nunca foi uma escolha fácil, e hoje aceitar a vida como vocação parece particularmente distante da mentalidade contemporânea. Por outro lado, um amor "sazonal" nunca foi um amor verdadeiro - o amor autêntico perdura, e é exatamente a isso que somos chamados. O declínio numérico das vocações reflete, portanto, principalmente uma crise de valores e da capacidade de tomar decisões que envolvam sacrifício pessoal. Vivemos numa época caracterizada por uma busca exacerbada de autorrealização e afirmação pessoal. Nesse contexto, a "coragem missionária" consiste sobretudo na capacidade de sair de si mesmo para descobrir que, além do "eu", existem o "tu" e o "nós".
Qual é a importância dos animadores ou delegados vocacionais salesianos, pelos quais rezamos este mês? Percebo que, em muitos dos nossos centros juvenis, a pastoral parece focar principalmente no trabalho com os jovens. No entanto, as nossas Constituições indicam claramente que o ápice da pastoral juvenil é o acompanhamento vocacional. Se não houver essa mudança de perspectiva, do "simples trabalho" para a orientação vocacional, corremos o risco de que nossas obras se transformem em meros centros sociais. Nesse contexto, os animadores vocacionais salesianos possuem uma oportunidade extraordinária: guiar os jovens a entenderem a própria vida como uma vocação, em diálogo com Deus, dentro das diferentes condições de vida.
Para mim, o animador vocacional salesiano é alguém que vive plenamente presente entre os jovens - não é um burocrata que permanece atrás de uma mesa, mas uma pessoa que partilha concretamente a vida com eles e, como Jesus, os acompanha literalmente no seu caminho diário.
Pe. Martin Kačmáry SDB
Fonte: sdb.org