Intenção Missionária da Congregação Salesiana do mês de Abril

Neste mês de abril somos convidados a rezar por um papel mais relevante da mulher na obra salesiana do Senegal.

Caros amigos,

mesmo uma pessoa pequena pode mudar o mundo, e se não o mundo inteiro, pelo menos uma parte dele. Existem muitas maneiras de fazer isso, mas cada uma requer sinceridade, persistência e coragem. Qualidades inerentes a todos os missionários, independentemente da forma como vivem o seu serviço (ad gentes, ad exteros, ad vitam).

Estou muito feliz porque, graças ao meu trabalho, posso trazer, atrair e talvez até inspirar graficamente as pessoas para as ideias e missões de Dom Bosco. Diz-se que uma imagem vale mais que mil palavras, por isso tem um poder enorme: capta a atenção sem longas explicações, pode dizer com um só olhar o que é difícil expressar em palavras. Hoje pode nem ser uma pintura no verdadeiro sentido da palavra, mas qualquer forma de representação visual.

Converter palavras em “imagens”, dar-lhes alegria, criatividade, profundidade, beleza... comunicar o incomunicável - é o meu trabalho, a minha alegria, a minha paixão e a minha realização.

Desejo que todos vocês experimentem alegria semelhante em qualquer atividade que façam ou em qualquer tarefa que lhes seja atribuída e que amem tudo o que fazem.

▀ Martina Mončeková,

Graphic designer, colaboradora do Setor Missões para trabalhos gráficos

Promuovere uno sviluppo umano integrale sostenibile

Promover o desenvolvimento humano integral sustentável

“Desenvolvimento” é um termo que tem diversas implicações. O desenvolvimento não é apenas a redução da pobreza e da desigualdade, nem apenas a acumulação de riqueza e uma maior disponibilidade de bens e serviços. Um modelo de desenvolvimento tecnocrático considera a natureza como uma fonte infinita de energia e recursos naturais, afirmando falsamente que os efeitos negativos da exploração excessiva dos recursos naturais, do uso intensivo de combustíveis fósseis e da destruição sem precedentes dos ecossistemas podem ser facilmente repostos (LS 23, 24, 106; CV 11, 23, 29).

Da mesma forma, os modelos de desenvolvimento que rejeitam Deus ideologicamente ou são animados por um ateísmo de indiferença, tornam-se inconscientes do Criador e correm o risco de tornarem-se igualmente inconscientes dos valores humanos. Na verdade, privam as pessoas da força espiritual e moral indispensável para alcançar o desenvolvimento humano integral. Um modelo de desenvolvimento sem Deus acaba por perseguir o desenvolvimento exclusivamente a nível humano, que pode facilmente cair na armadilha de pensar que se pode alcançar a própria salvação e acaba por promover uma forma desumanizada de desenvolvimento.

O desenvolvimento deve ser "verdadeiro", "integral" e "sustentável", no sentido de que considera as dimensões econômicas, sociais, políticas, culturais e espirituais da pessoa humana que deve cuidar da criação para as gerações subsequentes. Essa visão holística do desenvolvimento está enraizada no ensino social católico, mas também compartilhado por outras tradições religiosas e fé, bem como pelas tradições filosóficas e sapientiais.

O desenvolvimento humano completo é baseado em três princípios: dignidade humana, solidariedade e subsidiariedade. A dignidade humana está enraizada na crença de que a pessoa humana é criada à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26). A solidariedade está enraizada no reconhecimento de que somos os herdeiros das gerações anteriores, que nos beneficiamos dos esforços daqueles que nos precederam e dos de nossos contemporâneos e que somos chamados a cuidar da criação pelas gerações subsequentes. A subsidiariedade, o principal princípio da doutrina social da Igreja, é a assistência prestada do nível superior ao nível mais baixo por meios adequados. Inversamente, implica que o nível superior não toma decisões destinadas ao nível inferior competente, privando o último de suas funções (CCC 1883).

▀ Pe. Alfred Maravilla SDB

Conselheiro Geral para as Missões

EDUCAÇÃO – A ARMA MAIS PODEROSA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS MULHERES

Querida Irmã Viviane, como você vê a situação da mulher no ambiente de onde você vem?

A mulher na terra Kabiyè (Togo do Norte) é chamada de "Halʋ", termo que deriva etimologicamente de 'haw' e 'lim', ou seja, 'dar' e 'água'. 'Haw' também lembra “luluu” que significa “dar à luz”.

Essencialmente, a mulher é considerada aquela que traz a vida para dá-la ao mundo; é muitas vezes representado com a metáfora do “calebasse”, simbolismo que realça a sua peculiar identidade como portador de vida. Contudo, a importância lhe é concedida apenas em relação ao homem, portanto subordinada. Portanto, há muito que é marginalizada da esfera de tomada de decisões jurídica, política e religiosa (tradicional). Só na economia as mulheres ocupam um lugar importante porque são ativas no comércio. No mundo eclesial, as mulheres estão ativamente presentes através de um compromisso fervoroso nas celebrações litúrgicas e nos numerosos serviços que realizam nas instituições eclesiais.

Nos últimos anos, houve uma revolução progressiva na promoção da educação para todos, homens e mulheres, e assim o Togo encontra-se muito à frente e entre os 50,7% da população composta por mulheres, quase 70% são líderes e gestoras, confirmando assim a mulher em suas capacidades e competências.

Qual é o maior obstáculo para melhorar o papel e a posição das mulheres na Igreja e em muitas sociedades?

Em muitas sociedades, as mulheres são vistas em relação aos homens. Consequentemente, ela é forçada a se ver como subordinada. Sem querer generalizar, parece-me que a elevada taxa de analfabetismo entre as mulheres é uma das terríveis barreiras à afirmação feminina.

Na sua opinião, como podemos nós, Salesianos SDB, que somos homens, contribuir para resolver este problema?

A educação, segundo Nelson Mandela, é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo. O método educativo salesiano, ou seja, o Sistema Preventivo, tem um estilo tipicamente feminino, no sentido de que os caminhos da educação integral, da escolarização e da evangelização favorecem a livre escolha orientada para a realização da própria identidade, numa perspectiva social. Como homens, a vossa contribuição para a causa das mulheres seria promover a capacidade de definir a vida a partir da compreensão de si mesmos, como homens e mulheres, através do respeito e das relações autênticas entre si, à luz da diferença que caracteriza o homem e mulher, iguais em dignidade.

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Fonte: SDB.org