Dia 8 de setembro é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.
Geralmente a Igreja celebra o santo no dia de sua morte, mas existem três casos que que os santos são comemorados no dia de seu nascimento: Nosso Senhor Jesus Cristo (Natal); O nascimento de São João Batista; e a natividade da Santíssima Virgem.
A Natividade de Nossa Senhora é uma festividade religiosa celebrada pela Igreja Católica precisamente nove meses depois de comemorar a Imaculada Conceição da Virgem Maria. A festa da Natividade era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Diz-se que a festa da natividade teve início no ocidente no ano de 430 por iniciativa de São Maurílio.
O nascimento de Maria tem um significado muito valioso pois se cumpriu a profecia de Isaias que diz: “Da cepa dez vezes secular de Jessé, da raiz de Davi, brotará um novo ramo…” e desse ramo, mais tarde brotará o verbo de Deus encarnado, o Cristo Jesus.
A Virgem Maria foi escolhida por Deus, antes de todos os séculos, para ser a Mãe do Messias, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe do Salvador, “a estrela que precede o Sol”. Com o seu nascimento, a vinda do Emanuel, do “Deus-conosco”, começava a se concretizar. Por isso, na festa de seu nascimento, a Igreja pede: “Exulte, ó Deus, a vossa Igreja (...), pois nos alegramos pelo nascimento de Maria, que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação” (Missa – Oração depois da Comunhão).
O nascimento de Maria é o nascimento da alegria, pois sabemos que por meio de Maria nos chegaria o Salvador. Assim como celebramos com alegria o nascimento de Jesus e o contemplamos com amor no presépio, agora é o momento de nos alegrarmos com o nascimento de Maria e contemplar com carinho o seu rosto terno e amoroso, que nos conduz até Jesus. A mãe nos conduz até o filho e praticamente três meses antes de celebrar o Natal de Jesus, celebramos a natividade de Maria.
A Virgem Maria foi escolhida por Deus antes de todos os séculos, a fim de que ela fosse a Mãe do Filho de Deus, Mãe do Salvador. Com o nascimento de Maria, começava a se concretizar o plano de salvação de Deus que culminaria com o nascimento de Jesus. Por isso, com o nascimento de Maria, a Igreja pede que todos nós exultemos de alegria, e que através desse nascimento possamos ser imbuídos de esperança.
O maior presente que poderemos oferecer a Maria nesse dia de sua natividade é imitá-la em suas virtudes, ou seja, fazermos tudo de acordo com a vontade de Deus. Guardar no nosso coração e meditar a Palavra de Deus. Peçamos, nesse dia, que a Virgem Maria passe na frente de todos os nossos problemas. Ofereçamos ainda um presente muito especial a Nossa Senhora, através da oração da Ave Maria. Toda vez que rezamos uma Ave-Maria, oferecemos rosas a Nossa Senhora e nada melhor do que oferecer rosas para ela nesse dia tão especial.
Nesta liturgia de hoje, também somos convidados a agradecer à pessoa de Maria, nossa Mãe, por tão grande amor à humanidade aceitando a missão dada pelo Pai de ser a Mãe do Redentor.
Por sua maternidade divina, a Virgem Maria participa de maneira subordinada na função mediadora de Cristo, participa como intercessora; daí os títulos atribuídos a ela: Advogada, Auxiliadora, Onipotência Suplicante e Mediadora. Mediadora, refere-se a multiforme intercessão de Maria, por se distinguir dos demais por sua maternidade, tendo uma intercessão única e singularmente eficaz.
Em Maria aprendemos algumas características fundamentais para que nossa vida atinja a santidade tão querida e desejada por Deus. Ela é modelo de Igreja, ou seja, no exemplo da Mãe de Jesus e nossa, aprendemos como chegar à vontade de Cristo, a santidade perfeita. A Virgem Santíssima é a mulher do silêncio, guardava tudo em seu coração e sempre se perguntava e perguntava ao Pai qual seria o ensinamento que ela precisava adquirir frente a tudo que acontecia.
Não murmurava nem se queixava pelos reveses da vida, mas procurava ver o que Deus Pai queria ensinar-lhe e falar-lhe, independentemente do que vinha a acontecer. Maria é a mulher do olhar unifocal, ou seja, tinha olhar somente para Deus e à Sua santa vontade. Nossa Senhora nos ensina a ver a vida não “a partir” do sofrimento, das cruzes, mas “além” do sofrimento, das cruzes… numa profunda confiança no Pai. Maria é a mulher atenta, serviçal, aquela que está sempre pronta para servir; serviço este cuja essência não é fazer algo, mas ser, ou seja, ser portadora do mistério e levar outros a saborear o mistério que é Deus por excelência. A Santíssima Virgem Maria, quando vai à casa de Isabel, vai para levar o mistério àquela mulher que está sedenta de Deus. Quando ela chega, aonde chega, tudo se estremece – como o seio de Isabel – pois está chegando, na verdade, o mistério contido nela.
“Maria, a mãe que cuidou de Jesus, cuida com carinho e preocupação materna também deste mundo ferido.” Papa Francisco.
No Evangelho, ouvimos a genealogia de Jesus (cf. Mt 1, 1-17), que não é uma mera lista de nomes, mas história viva, história de um povo com o qual Deus caminhou e, ao fazer-Se um de nós, quis anunciar que, no seu sangue, corre a história de justos e pecadores, que a nossa salvação não é uma salvação assética, de laboratório, mas concreta, uma salvação de vida que caminha.
Esta longa lista diz-nos que somos uma pequena parte duma longa história e ajuda-nos a não pretender protagonismos excessivos, ajuda-nos a fugir da tentação de espiritualismos evasivos, a não abstrair das coordenadas históricas concretas em que nos cabe viver. E também integra, na nossa história de salvação, aquelas páginas mais obscuras ou tristes, os momentos de desolação e abandono comparáveis ao exílio.”
Que nesse dia possamos olhar para a imagem de Nossa Senhora da Natividade e contemplar nela a esperança da salvação que veio por meio do nascimento de Jesus. Aproximemo-nos dela com confiança de que por Ela chegaremos certamente a nossa meta, o Senhor Jesus.
Por fim, nos preparemos ainda para no próximo mês celebrarmos o mês das Missões e o mês do Rosário e tenhamos sempre em nosso coração o carinho materno de Maria.
Hoje é o começo da Salvação do mundo”.
Sendo Maria a mãe de Deus, predestinada desde a plenitude dos tempos para trazer ao mundo o Verbo Divino humanado, recebe, na celebração de seu nascimento, as honras por sua eleição e vocação. És a “filha de Sião”, és escolhida por Deus, desde a sua concepção, para preparar o início da nova criação da humanidade. Mae, rainha e advogada nossa, intercedei, elevai ao teu divino filho todas as necessidades das famílias, as crianças, jovens. Maria, mulher da resposta positiva diante da vontade do Pai, protege e ampara os vocacionados, auxilia os que já responderam o sim ao chamado do teu Filho. Maria, o teu nascimento “é então, convite ao renascimento espiritual e à conversão”, o testemunho de Nossa Senhora deve sempre nos renovar, sempre nos “recolocar” nos caminhos do Senhor, para expressarmos com fidelidade, que, em nós e por nós, faz Ele maravilhas.
E, assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz.
Essa artigo foi elaborada pelo Edilson Agreson da Silva, SDB.