Nações Unidas apontam desafios como discriminação social e barreiras sistêmicas vividas pelos pobres; secretário-geral pede planos priorizando pessoas e investimento em trabalho digno, oportunidades de aprendizagem e proteção social.
O mundo marca neste 17 de outubro a 32ª Comemoração do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza expandindo as vozes e defendendo soluções para acabar com o problema. A organização promove parcerias em níveis local, nacional e internacional pelo fim da pobreza.
O lema das celebrações deste ano é “Acabar com os maus-tratos sociais e institucionais: agindo juntos por sociedades justas, pacíficas e inclusivas”.
Discriminação social e barreiras sistêmicas
De acordo com a organização, as pessoas que vivem na pobreza enfrentam discriminação social e barreiras sistêmicas que dificultam seu acesso a serviços e ao apoio essencial.
ONU pede que governos adaptem as instituições e sistemas priorizando as pessoas
As Nações Unidas definem a pobreza extrema como a sobrevivência diária com menos de US$ 2,15 por pessoa. Estima-se que até o final de 2022 até 8,4% da população global vivia nessa situação, ou até 670 milhões de pessoas.
As projeções indicam ainda que 7% da população global ainda possa viver nessas circunstâncias em 2030. O número equivale a 575 milhões de pessoas.
O debate global sobre esta realidade será realizado em Nova Iorque no Conselho dos Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, na sede da organização.
Instituições e sistemas priorizando pessoas
Em mensagem, o secretário-geral António Guterres destaca que as metas de pôr fim à pobreza global e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável requerem que governos adaptem as instituições e sistemas priorizando as pessoas.
Cerca de 7% da população global ainda pode viver na pobreza até 2030
As grandes prioridades também envolvem investir em áreas como trabalho digno, oportunidades de aprendizagem e proteção social que ofereçam degraus para sair da pobreza.
António Guterres diz que o tema de 2024 convoca os países a implementar totalmente o novo Pacto para o Futuro. Cumprindo a medida será apoiado o Estímulo dos ODS.
O secretário-geral defende ainda a reforma da arquitetura financeira global em favor do investimento das economias em desenvolvimento em seus povos.