No dia 21 de março de 1960, na cidade de Johanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.
Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
No Brasil
A luta contra a discriminação racial só começou a se intensificar após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. Quando se fala em “combate a discriminação racial” significa acabar com todos os tipos de intolerâncias relacionadas com a etnia ou cor de pele do indivíduo, seja ele negro, branco, índio, oriental e etc.
Diversas ONG’s e instituições lutam contra o preconceito racial, organizando debates e outras atividades que auxiliem na tentativa de conscientizar a população a acabar com qualquer referência ao racismo e discriminação racial.
A promoção da igualdade étnico-racial é uma dimensão essencial para o carisma Salesiano que se realiza por meio da Inculturação. Por meio da pedagogia salesiana acreditamos que podemos fortalecer o diálogo sobre a redução da discriminação e da violência, assim como, fomentar uma cultura de respeito por todas as pessoas, independentemente da cor, sexo, identidade nacional, étnica ou religiosa.
“O carisma salesiano não existe abstratamente, mas está revestido de traços culturais. Como está em todo o mundo é chamado a inculturar-se pelo espírito de família, hospitalidade, solidariedade e a reafirmar a sua opção missionária preferencial pelos pobres e excluídos”, afirma o salesiano Irmão Manoel de Souza Santos.
Sugestões para continuar a reflexão
O filme Mandela - O Caminho Para a Liberdade, inspirado na autobiografia de Nelson Mandela, lançada em 1994, o filme retrata todo o percurso traçado pelo líder sul-africano a partir de seu próprio ponto de vista, desde a sua infância, vivendo em uma pequena aldeia rural, até a eleição democrática ao cargo de Presidente da República da África do Sul. Em uma luta constante pelo fim do apartheid no país, Mandela (Idris Elba) chegou a passar 27 anos em cárcere pelo que acreditava.
Veja o trailler
O literafro – portal da literatura afro-brasileira é fruto do trabalho do Grupo de Interinstitucional de Pesquisa Afrodescendências na Literatura Brasileira, constituído em 2001 e sediado no Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade – NEIA, da Faculdade de Letras da UFMG. Além do Portal, o grupo participa de inúmeras publicações, com destaque para a coleção Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica (UFMG, 2011, 4 vol.) e para os volumes didáticos Literatura afro-brasileira – 100 autores do século XVIII ao XXI (Pallas, 2014) e Literatura afro-brasileira – abordagens na sala de aula (Pallas, 2014).
O Livro "Pequeno Manual Antirracista" (2019)- Neste livro, a filósofa e ativista brasileira Djamila Ribeiro trata de temas como as origens do racismo e como combatê-lo. Aponta ainda que a prática antirracista é urgente e que se dá nas atitudes mais cotidianas. No mês de junho, a obra chegou ao primeiro lugar na lista de livros de não ficção mais vendidos no Brasil.