Em recente pesquisa divulgada pelo Instituto Pró-Livro, dados indicam que pessoas que não costumam ler são maioria no Brasil. Em contrapartida dessa lamentável realidade, o Colégio Salesiano Região Oceânica assume o compromisso de incentivar e cultivar esse hábito com os estudantes desde a Educação Infantil.
Semanalmente, os pequenos vão até a biblioteca, onde escolhem os livros de sua preferência e fazem o empréstimo, o objetivo dessa prática é fazer com o que os estudantes se habituem com a leitura como algo que está intrínseco à rotina, especialmente a familiar, em que os pais possam ler para os filhos antes do horário de dormir, por exemplo. Além disso, o CSRO tem parceria com a “Árvore de Livros”, uma plataforma on-line com um acervo de 30 mil obras literárias, uma ótima alternativa para o tempo destinado às telas.
Um dos projetos desenvolvidos ao longo do ano letivo pela biblioteca é o “Clube de Leitores”. A proposta busca reunir e aproximar os estudantes para dialogar acerca de obras literárias e títulos recorrentes no imaginário dos jovens.
A professora de Produção Textual, Kelly Silveira, e a Assistente de Biblioteca, Alice Erthal, entusiastas na propagação da leitura, promoveram uma atividade com os alunos que consistiu em mostrar o verdadeiro sentido e uso do ato de ler, a partir da leitura sensorial, que está associada a visão, ao tato, a audição, ao olfato e também as mais variadas semióticas. Com os olhos vendados, a professora contou uma história aos estudantes, que puderam imaginar todo o ambiente, enquanto a assistente utilizava de artifícios olfativos e sonoros, como essências, aromas de comidas e barulhos de chuva, para fortalecer a composição de todo o universo criado.
A leitura não é uma mera decodificação de palavras e frases, ela requer interpretação e a compreensão do texto lido. A partir dessa atividade, os estudantes do Clube de Leitores, puderam perceber com outros olhos às facetas de uma boa leitura e compreenderam a importância de ler e prestar atenção em cada detalhe, todas as descrições possíveis. Não é sobre a quantidade de livros que leem e, sim, sobre a qualidade das leituras, o quanto aprendem e ensinam com elas.
