Nos meses de março e abril, o Centro Juvenil São Pedro iniciou a formação com os educadores sociais, equipe técnica e administrativa sobre as temáticas relacionadas ao Sistema Preventivo e os Direitos Humanos.

O tema central destes encontros foi  sistema preventivo e direitos humanos: “Por quê articular Direitos Humanos com a Educação?”

Esta não foi uma escolha aleatória, mas possui relação direta com o cenário atual de uma parcela significativa das crianças e adolescentes do país, e consequentemente dos nossos educandos, onde o direito à educação tem sido violado de diversas maneiras.

Durante os encontros os colaboradores refletiram como a sociedade interpreta os Direitos Humanos, e qual postura que adotamos frente a ideias distorcidas de garantia de direitos a uma parte da população que tem sido negligenciada de tantas formas. Além disso, foi exibido o trailer do filme “Nunca me sonharam” e reportagem feita pela repórter Sônia Bridi para o Fantástico com objetivo de auxiliar os debates.

Momento Formativo com os colaboradores do Centro Juvenil São Pedro

As ações desenvolvidas pelo Centro Juvenil tem com um dos  compromisso acompanhar os processos escolares junto às crianças/adolescentes e família, articulação dos percursos temáticos do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos a BNCC, possibilitando um suporte no processo de aprendizagem dos nossos assistidos, incentivar a permanência na escola em oposição a entrada precoce no mundo do trabalho, em especial o informal, e conscientizar a importância da educação como processo emancipatório dos sujeitos e comunidade.

A educadora social e moradora da Margem da Linha, Cristiane Gomes Monteiro, compartilhou suas percepções acerca dos temas trabalhados: “Os direitos humanos são os direitos que todo ser humano tem, independente da sua etnia, sexo, nacionalidade, religião. Todos nós temos direito à vida, à liberdade, direito de ir e vir, direito a trabalhar, a educação, etc. Mas quando vejo alguém dizer que os direitos humanos foram feitos para defender bandido, isso me entristece, pois nós que somos mais carentes e que vivemos na periferia, sabemos muito bem o que é ter esses direitos muitas das vezes negligenciados. E é muito estranho ter que fazer leis para garantir os direitos das pessoas, mas se não os tiver, estaremos à deriva nas mãos dos que se acham donos de tudo”.

 

Essa notícia foi elaborada com a colaboração da Ana Carolina Gomes Cordeiro e Beatriz Mateus Pereira.

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