Neste ano, a organização lançou uma ação que busca alertar a população, principalmente, sobre violações de direitos, em especial, o trabalho infantil e a violência sexual, com ênfase na exploração sexual de crianças e adolescentes.
Com o slogan “Pule, brinque e cuide. Unidos pela proteção de crianças e adolescentes” a campanha apresenta orientações e alertas sobre: a prevenção e fiscalização a respeito da venda e consumo de álcool por crianças e adolescentes.
“Esse é um problema que atinge milhões de crianças e adolescente diariamente, e, agora, nessa época do ano, a gente tem uma preocupação maior por conta de desaparecimentos e da exploração do trabalho infantil”, explica Katerina Volcov, secretária executiva do FNPETI, que integra a Campanha com a Rede ECPAT Brasil e com o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
A pesquisadora lembra de outros riscos que crianças e adolescentes são expostos neste período do ano, como, por exemplo, o uso de drogas que tem um expressivo aumento por parte da população no geral. Além disso, Volcov teme pelos desaparecimentos.
“É comum crianças se perderem dos pais e responsáveis, então o ideal é que crianças tenham um crachá de identificação para ajudar em situações do tipo”, complementa a pesquisadora.
O recado principal que Volcov lança para os carnavalescos é não deixar que a folia seja uma desculpa para se esquecer das responsabilidades sociais que a cidadania exige da sociedade. “A gente não pode naturalizar o trabalho infantil, quando a gente tá tomando água de coco na praia, enfim... Aquilo é uma violação do direito de ser criança, de ser adolescente.”
A pesquisadora afirma ter uma preocupação extra este ano por conta do cenário social que o país enfrenta.
“Nos últimos anos vimos o aumento da fome, de crianças em situação de rua, vivendo debaixo de pontes, viadutos e outros lugares extremamente lamentáveis. A gente tem um número muito grande de pessoas desempregadas, que afeta diretamente a vida dessas crianças. Isso sem contar com as condições dos serviços públicos, como UBS, postos de saúde…"
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Por fim, a Campanha orienta a população a buscar os canais que destacam empresas têm denúncias de uso de trabalho análogo à escravidão, infantil ou que infringe outras normas da legislação brasileira.
A Campanha gerou também mais de 12 peças de comunicação entre modelos para aplicação externa e em estabelecimentos, banners para redes sociais, materiais educativos para utilização em sala de aula com crianças e informações úteis para denúncia em caso de ocorrência de violação de direitos.
Os materiais estão disponíveis no site da Ação Nacional “Faça Bonito. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”.
Fonte: Brasil de Fato e Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.