Nos últimos dias, os jovens do Centro Salesiano do Aprendiz (CESAM) de Goiânia foram convidados para a exibição da mostra de curtas-metragens do Projeto Visões de Goiás. As produções foram desenvolvidas através da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), que destina R$ 3,862 bilhões para a execução de ações e projetos culturais no Brasil. A mostra foi organizada pela União de Cineclubes de Goiânia em parceria com os cineclubes Provocação e Portelândia, e Sesc Goiás.
Na capital, a exibição aconteceu no Teatro Sesc Centro e os aprendizes participaram de uma sessão exclusiva com exibição dos filmes: Pindorama, Jardineira, O vampiro do orfanato, O gago e A tarefa. A educadora do CESAM Goiânia Mônica Godoi explica que a participação dos aprendizes em eventos culturais como o Projeto Visões de Goiás é fundamental para o desenvolvimento social dos jovens. “As produções abordam assuntos variados, desde questões sociais até narrativas mais pessoais, refletindo a diversidade e a riqueza cultural brasileira. Além de promover o desenvolvimento cultural dos jovens, elas estimulam a reflexão e o diálogo sobre temas muito relevantes.”
A educadora explica que a mostra é uma iniciativa que promove a conscientização sobre cultura, regionalismo, senso de comunidade e o impacto do cinema para a identidade brasileira e promoção do conhecimento. “Não é apenas uma experiência de entretenimento, mas uma imersão no mundo da arte e que revela a importância de incentivos como a Lei Paulo Gustavo para a cultura. Para nós, educadores salesianos, é uma oportunidade de aprendizado significativo e que contribui com a formação integral dos nossos jovens para além dos espaços do CESAM Goiânia.”
A atividade foi realizada com sete aprendizes dos módulos de conhecimentos específicos, que também puderam conversar e sanar suas dúvidas com representantes da organização. “Os jovens tiveram um momento para fazer perguntas, compartilhar suas impressões e se aprofundar nos processos criativos que levaram àquelas obras. Essa troca foi fundamental, pois inspirou os aprendizes a sonharem com suas próprias produções e a compreenderem a importância de contar histórias que refletem suas realidades”, afirma Mônica.
O coordenador da União de Cineclubistas de Goiânia, Francisco Javier Lillo, afirma que a mostra é uma oportunidade de valorizar a produção local e dar visibilidade a curtas-metragens mais próximos da cultura goiana. “Não há muitos espaços para a exibição do que é feito aqui no Estado. Então, muitos dos realizadores fazem filmes que são exibidos durante dois anos, que é o período de circuito dos festivais, e depois eles engavetam as produções. Então, esta é uma boa experiência para os aprendizes do CESAM Goiânia criarem afetividade com a realização goiana.”
Já a coordenadora do Cineclube Provocação, Helena Carvalho Siscu, reforça o impacto das discussões que as mostras regionais trazem para a cultura e valorização de aspectos dos contextos locais. “Fazer essa mostra é importante para que os jovens conheçam o que Goiás está produzindo na área de cinema e que fica bem além daqueles filmes que estão no circuito pago. Nossos filmes não estão nesse circuito de divulgação. Então, a gente precisa desse momento para divulgar e mostrar o quanto é rico a produção de Goiás.”
A aprendiz do CESAM Goiânia Brenda Emanuely afirma que prestigiar a mostra de curtas-metragens do Projeto Visões de Goiás foi uma experiência única e transformadora. “O ambiente acolhedor e bem estruturado tornou a ocasião ainda mais especial. Os curtas-metragens foram envolventes e bem produzidos, trazendo histórias emocionantes e inspiradoras com roteiros envolventes e uma fotografia belíssima. Um momento de aprendizado e diversão que valeu muito a pena.”
Mônica ressalta o impacto da experiência para a formação social e cidadã dos aprendizes. Ela afirma que o Projeto Visões de Goiás traz novas perspectivas para os jovens sobre o poder da arte em transformar vidas. “Essa mostra de curtas-metragens nos reforça a importância de espaços culturais e iniciativas que alimentam a criatividade e o talento no Brasil. Ter contato direto com pessoas que estão fazendo a diferença em suas comunidades é, com certeza, uma boa inspiração para nossa juventude.”
